O termo Data Science já não é mais novidade para ninguém. A Ciência de dados, nos últimos 5 anos, teve um crescimento exponencial e já faz, ou deveria fazer, parte do do dia-a-dia de muitas empresas para suportar a tomada de decisão.
Ao realizar uma pesquisa rápida no Google Trends com o termo Data Science, é notável o seu crescimento no Brasil, que tem seu início entre 2015 e 2016.
Assim, podemos dizer que aqui no Brasil que a Ciência de Dados é bem recente. Em resumo, em uma empresa, Data Science consiste em recursos com o objetivo de suportar as áreas em sua tomada de decisão sempre baseadas em dados, sejam eles dados passados para entender o por quê algo aconteceu como também usar dados para análises preditivas, ou seja, para antecipar cenários e atuar antecipadamente. Tudo isso é alcançado através de técnicas como Machine Learning, Data Mining, cálculos estatísticos, entre outra técnicas de Ciência de Dados.
Relevância do Data Science
Aproximadamente, 90% de todos os dados armazenados na web atualmente foram gerados nos últimos dois anos. Claro que o avanço dos dispositivos móveis, aplicativos, velocidade de conexão contribuíram diretamente para este resultado. Investimentos em infraestrutura foram capazes de levar a internet móvel para praticamente todos os municípios brasileiros.
De acordo com o relatório da Anatel dos 5.570 municípios brasileiros 5.540 estão cobertos com 3G e/ou 4G em suas regiões urbanas, isso corresponde a 99% de cobertura. Além disso, de acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, o Brasil possuí cerca de 424 milhões de dispositivos digitais entre celulares, computadores e tablets. Bem, tudo isso nos leva a crer, diria nos assegurar, que o volume de dados gerados aumentará exponencialmente.
Veja esta imagem para perceber o quanto de dados geramos por minuto. Hei, você não leu errado, por MINUTO:
Todos os anos a empresa Domo publica o quanto de dados geramos a cada minuto nas principais plataformas. Este relatório corresponde ao ano de 2019.
Os dados estão por toda parte, sejam dados internos como CRM (Customer Relationship Management), dados de webinars, WhatsApp, chat, site etc., sejam dados externos, como é o caso de páginas da web, portal de notícias ou dependendo da sua área de atuação, no Portal Brasileiro de Dados Abertos. São só alguns exemplos, as fontes de dados são infinitas.
E qual a importância disso tudo? Bem, costumo ainda ver líderes de empresas tomando suas decisões baseado no feeling, tempo de experiência e conhecimento do mercado em que atuam. Por um bom tempo todos esses fatores foram determinantes para estabelecer um bom planejamento, mas hoje isso não é mais aceitável. Veja, não estou dizendo que tudo isso deve ser jogado no lixo, mas que agora temos a chance de validar, prever e até antecipar possíveis situações, antes, só teríamos conhecimento em cima da hora e que em muitos casos, sem tempo de atuar no problema. Agora toda a experiência adquirida pode ser trabalhada em conjunto com os dados, visando sempre, minimizar os riscos e maximizar os lucros.
Como todos esses Dados afetam o Marketing
Em tudo! A boa notícia é que você não precisa ser programador Python, R ou qualquer outra linguagem. Óbvio que saber utilizar qualquer uma dessas linguagens vai te levar para um outro nível e em muitos casos deixar o processo mais tranquilo, principalmente se você possuir uma base de dados muuuito grande. Sugiro que busque desenvolver essas habilidades.
Mas podemos fazer uso de uma das áreas do Data Science para nos ajudar no Marketing, o Data Analytics. Se você está confuso sobre as diferenças entre Data Science e Data Analytics, confira este artigo no IronHack.
Temos algumas plataformas muito intuitivas como é o caso do Power BI da Microsoft (grátis para uso pessoal) ou até mesmo o Google Data Studio que é capaz de nos dar diversos insights e é totalmente gratuita. Para bases muito grandes eu não recomendo o Google Data Studio, pois dica muito lento para carregar todas as informações. Digo isso por experiência própria, já trabalhei com o Google Data Studio integrado a uma planilha com pouco mais de 7 mil linhas e já ficava bem lento. Para bases maiores considere o Power BI, pois este consegue lidar com bases gigantes e possuí diversas ferramentas e funções que tornam seus dashboards muito mais ricos. Se ainda não sabe como trabalhar com ele, sugiro aprender 😉.
O foco aqui é enfatizar a cultura de gerar e analisar dados para suporte á tomada de decisão.
A grande sacada é extrair insights de todos os dados que você possui, caso contrário, será somente um amontoado de informações. Para que realmente se torne o petróleo do século XXI, você precisa extrair valor dessa amontoado de informações.
O Marketing Digital não existe sem a companhia do bom uso dos dados, afinal, uma das maiores vantagens do Marketing Digital é você consegue mensurar praticamente tudo, concorda?
Alguns exemplos de como os dados podem auxiliar você profissional de marketing:
- Segmentar clientes e/ou leads:
- Segmentando melhor a sua base de leads ou clientes você pode desenvolver campanhas mais assertivas, pois está ciente do que o seu cliente realmente está interessado. Entendendo o perfil do cliente, em uma campanha de email marketing, por exemplo, você sabe o para quem enviar aquele conteúdo, adequar a sua linguagem entras melhorias e com isso aumentar a taxa de conversão.
- Entender e/ou prever o comportamento do consumidor:
- Entendendo melhor o comportamento do seu consumidor, você pode, por exemplo, trabalhar com um cross selling mais efetivo., aumentando o ticket médio. Já ouviu sobre o famoso case de uma grande empresa americana do varejo identificou que a venda de fraldas descartáveis estava altamente relacionada com a venda de cervejas? Isso porque os homens saiam para comprar fraldas e aproveitavam para comprar cerveja. Ela então passou a colocar os dois produtos próximos e adivinha o resultado? As vendas aumentaram exponencialmente.
Cross Selling
Quando você oferta um produto além do que o cliente está adquirindo.
Recentemente eu fiz um curso na Alura sobre Data Analytics e explica bem como podemos entender e prever o comportamento do consumidor. Se você quer saber um pouco mais sobre os cursos da Alura, temos um artigo em que fazemos uma análise da plataforma.
Não perca tempo!
O mercado está exigindo cada vez habilidades de Data Science. Veja, não digo o profissional de Data Science, este claro, está muito requisitado no mercado, mas quando digo “habilidades de Data Science” me refiro aos profissionais de diversas áreas que precisam entender cada vez mais. Embora muito demandado ainda não muitas as empresas que não possuem um departamento ou um profissional de Data Science, assim, você precisa ter uma boa noção em como usar os dados gerados pela empresa.
Enquanto você busca o seu desenvolvimento, lembre-se, para trabalhar com Data Science é necessário uma grande base de dados histórica, então, mesmo sem utilizar agora, comece a gerar estes dados. Veja abaixo alguns exemplos:
CRM
Plataformas de CRM são fontes riquíssimas de dados, desde que populadas com bastante seriedade. Conheço um pouco de CRM e sei o quão difícil é ter o time comercial manter os dados bem atualizados, mas isso pode ser terma para um outro artigo, talvez um livro kkkk…
O que você precisa checar é se as informações importantes para o seu negócio estão sendo coletadas pela ferramenta. Caso negativo, converse com o administrador do sistema e alinhe os ajustes necessários. No longo prazo você vai me agradecer por isso 😉.
Dados de Webinar
Não é surpresa para ninguém que os webinários ganhou uma imensa relevância para todos nós, principalmente com a situação de pandemia do Corona Vírus que estamos vivendo. Ferramentas de webinar possuem relatórios riquíssimos que podem lhe auxiliar para extrair insights valiosos como o comportamento dos seus expectadores. Além do comportamento, você consegue criar pesquisas ao final de cada webinar e personalizar as perguntas que melhor se adequem a sua necessidade.
Flipbook Digital
Você certamente já se deparou com alguma revista online em que simulava uma revista impressa, com efeitos de mudança de página e até mesmo o som do papel. Esses são os Digital FlipBooks. Existem diversos fornecedores deste serviço como é o caso do FlipSnack e o FlippingBook.
Estas ferramentas também possuem dados riquíssimos. É possível saber quais são os exemplares mais acessados, as páginas, quais links são mais clicados e quanto tempo o usuário consumiu um determinado conteúdo. Pensando no marketing, se você disponibiliza o seu portfólio através de uma ferramenta como essas, você consegue otimizar o seu portfólio impresso e digital. Se as pessoas ficam pouco tempo em uma determinada página, talvez ele não seja tão importante para o seu público ou o texto não está muito atrativo. Agora, os conteúdos com mais tempo ou com mais links são os que mais demonstram o interesses dos usuários.
Você como profissional de marketing (todos deveriam ter um pouco de marketing e comercial 😁) sabe que o foco é sempre no cliente, logo, está aí uma boa fonte de insights para melhorar seus produtos pensando neles.
O ponto é: comece o quanto antes. NÃO PERCA TEMPO!
Bom, vou ficando por aqui. Espero que este conteúdo tenha lhe ajudado. Caso tenha alguma dúvida, sugestão ou qualquer contribuição, comente abaixo e vamos enriquecer os nossos conhecimentos.
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