Métricas e Indicadores de Desempenho

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Métricas e Indicadores de Desempenho

Um artigo segundo o livro Lean Analytics 🤓

Todos nós sabemos a importância dos indicadores de desempenho dentro das empresas e a grande maioria de nós, lida com diversos deles durante todos os dias.

Mas você já parou para pensar sobre as características de um bom indicador?

Quais são as métrica boas e que direcionam as pessoas para o melhor resultado e quais não nos passam nenhuma informação?

Atenção

Para o melhor entendimento, é bom lembrar:

Indicadores são medidas, tanto qualitativas como quantitativas que nos mostram como determinada atividade, operação ou processo caminhou ou está caminhando.

Desempenho é quando comparamos esta atividade, operação ou processo em relação a nossa expectativa. 

Assim, indicadores de desempenho nos mostram o quanto determinada operação performou ou está performando em relação a nossa expectativa

O que é uma Métrica de Qualidade?

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No livro Lean Analytics, foi dedicado um capítulo inteiro sobre as características de uma boa métrica.

O livro é realmente muito bom, cheio de conteúdo e exemplos. Se quiser saber mais, você pode consulta-lo no site da Amazon, clicando aqui: Lean Analytics: Use Data to Build a Better Startup Faster

Obs: Até onde encontrei, foi publicado somente na versão em inglês. 😐  Não é um livro de difícil entendimento, mas você precisa ter uma noção razoável do idioma para compreender.

 

Métricas – O que é uma boa métrica?

Estamos em contato com indicadores e índices o tempo todo, mas será que todos estes números realmente fazem sentido e direcionam nossas ações para os resultados?


No livro Lean Analytics, são listadas algumas características de uma boa métrica:

  • Primeiramente, as métricas devem ser entendíveis. Como você espera que as pessoas mudarão a forma de agir e melhorar algum processo se elas não a entendem o que os números dizem?
  • Falando sobre pessoas, as métricas devem mudar a forma como agimos. O que seu time fará diferentemente para melhorar este indicador?
  • Uma boa métrica é comparativa. Isso quer dizer que um número, por si só, não nos passa nenhuma informação. “10% de conversões em vendas” não nos diz nada. O contexto fica bem diferente quando falamos de um “aumento de 10% de conversões em venda em relação ao mês anterior”.
  • Métricas qualitativas, de preferência quando transformadas em Índices (as famosas razões matemáticas – ou seja, quando falamos em percentuais, divisões, taxas, etc.) são mais fáceis de se comparar e tomar decisões do que números absolutos. (Caso não tenha ficado claro, ao longo deste artigo vamos falar mais sobre isso 🙃)

Métricas Qualitativas e Quantitativas

Imagine que você está fazendo uma análise de respostas dadas por determinados clientes, chegando nas métricas:

  • Ruim
  • Regular
  • Bom
  • Ótimo

Como você definiria cada um destes conceitos? O que você consideraria como “Bom” estaria no mesmo nível de satisfação que os demais clientes?

Este é um exemplo de métrica qualitativa. Além de ser imprecisa, é difícil de agregar e comparar, além de bastante subjetiva.

Já as métricas quantitativas, como pontuações e taxas são fáceis de contar, colocar em uma escala e quantificar.

Quantidade de produtos devolvidos em relação ao total de produtos vendidos é uma boa métrica quantitativa.

Consegue notar a diferença? Deixe aqui nos comentários

Métricas Reais e Métricas de Vaidade

Esta é uma das características de boas métricas citadas no livro que eu mais gostei, pois me identifiquei muito com o que já vi muito dentro das organizações.

Uma frase, inclusive, citada no livro, me chamou bastante a atenção:

"Many companies claim they’re data-driven. Unfortunately, while they embrace the data part of that mantra, few focus on the second word: driven"

Em tradução livre:

“Muitas empresas se intitulam como data-driven. Infelizmente, enquanto elas abraçam os dados como parte de seu mantra, poucas focam na segunda palavra: driven” 

A resposta que deve estar muito clara quando você olhar para uma determinada métrica, é para a pergunta:

Baseado nesta informação, o que eu farei de diferente?

Lembre-se: Como falamos acima, as métrica devem mudar a forma como costumamos agir.

E é neste contexto que devemos refletir sobre as métricas acionáveis e as de vaidade.

Um ótimo exemplo de métrica de vaidade é a quantidade de seguidores em uma rede social. Este número nos diz muito pouco sobre o negócio, além de que, exceto se a sua empresa se envolver em algum evento que impacte sua reputação, este é um número que tende a se manter constante, aumentar ou sofrer pouquíssimas variações.

Já a taxa de engajamento é uma métrica real. Veja aqui que falamos “taxa” (como discutimos mais acima). A quantidade de seguidores que curtem, comentam e compartilham suas publicações diz muito mais do que a quantidade absoluta de seguidores.

Métricas Exploratórias x Reporting Métricas

De forma geral, as métricas exploratórias tentam encontrar insights desconhecidos, enquanto as de reporting não nos revelam novidades e acabam nos fazendo apenas lidar com a operação do dia-a-dia.

São nas métricas exploratórias que estão escondidos os insights que a empresa ainda não conhece.

E falando sobre o desconhecido, há uma citação muito interessante sobre o que devemos buscar ao analisar as métricas: (você vai precisar parar por alguns instantes para compreender! 😅)

"There are known knowns; there are things we know that we know. There are known unknowns; that is to say there are things that we now know we don’t know. But there are also unknown unknowns— there are things we do not know, we don’t know." - Donald Rumsfeld

A ideia desta frase, basicamente, é:

“Existem assuntos que sabemos que sabemos; Há coisas que nós sabemos que não sabemos, mas ainda existem as coisas que não sabemos que não sabemos” (E é exatamente aqui onde acontece a mágica).

Assim, o principal objetivo a ser buscado, seguindo esta ideia, é explorar as métricas a fim de descobrir novidades que possam causar uma disrupção no mercado.

Fácil, né? 😂

Leading e Lagging Métricas

Leading vem de “principal, mais importante”, enquanto lagging de “atraso, moroso”.

Assim, a ideia principal neste tópico, é que as leading metrics nos ajudam a prever e entender o futuro, enquanto as lagging métrics explicam o passado.

Para ficar mais claro, um famoso indicador – lagging metric – é o churn, que basicamente mede a quantidade de clientes que deixam a empresa (cancelam sua assinatura, por exemplo) em um determinado período. Este indicador é importante, claro, e nos indica um problema, porém, após o acontecido, ou seja, a mensuração acontece após o fato.

Novamente: isso não quer dizer que a métrica não seja importante. Lembre-se que, como falamos acima, as métricas devem gerar ações e mudar a forma que agimos. Tanto as leading como as leadings metrics cumprem este papel, mas cabe a você analisar e decidir qual delas irá te ajudar a tomar melhores decisões.

Métricas de Correlação e Causalidade

Eu particularmente gosto muito desta descrição! E é muito provável que você já tenha estudado estes conceitos.

Entender que correlação e causalidade são coisas diferentes é o primeiro passo.

De forma bastante simplista, métricas correlacionadas se alteram juntas: quando uma métrica sobe, a outra sobe também; Quando uma métrica desce, a outra desce também; Ou quando uma métrica X sobe, a outra desce e vice-versa.

Já as métricas de causalidade é quando uma causa a alteração da outra.

O objetivo aqui, quando tratamos destas métricas é encontrar a relação entre eventos, realizar diversos testes e medir a evolução.

De forma mais prática: defina o que você quer mudar… Vamos supor que seja a receita. Analise a correlação e principalmente encontre a causalidade, como por exemplo preços ou propagandas. E aja no que você pode controlar.

Claro que isso não é fácil, pois no mundo real, existem diversas métricas e fatores independentes, mas quando você encontra, você pode mudá-las.

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@Author: Adriano Klein

E para finalizar...

Na teoria, a definição de métricas é bastante fácil e simples, mas não se engane: na prática, são bem difíceis de serem implementadas.

Lembre-se que todos os dados do mundo nem sempre vão explicar o porque de algo acontecer. Então, quando definir um objetivo, trabalhe nele, analise dados de qualidade, construa as formas de mensuração de resultado e se necessário, promova algumas mudanças. 

Se tiver algum comentário, deixe aqui pra gente 💭 

 

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